sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quando eu morrer

Um dia quando eu morrer
quero que seja bem alto
beijando de cara o asfalto
de costas pros trilhos do trem

Quero morrer de saudade
de veneno ou de maldade
por sorte de amar alguém

Quero morrer falando
defendendo a vida e pensando
se um norte essa vida tem

Quero morrer de sorte
com a faca nas mãos e a dor do corte
pois sorte é sentir a fundo
a dor e o prazer que se tem

Quero deixar amigos
e mais ainda inimigos
pois assim se cresce tão’bém

Quero fazer saudades
lembranças piadas, risadas
que riam das minhas tolices
e tolices são parte de mim
como os versos que escrevo pr’além

Quero a morte composta
do brilho do ouro e do cheiro de bosta
do gosto que a vida tem

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